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27 de setembro de 2021

Pesquisa traz soluções para combate de pragas em cafezais

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Um estudo conduzido pela Profa. Dra. Alessandra Marieli Vacari, docente dos Programas de Pós-graduação em Ciências e Ciência Animal da UNIFRAN, aponta soluções para o manejo das culturas de café e combate às infestações das principais pragas que ocorrem nesta cultura.

A pesquisa também conta com participação de alunos da graduação, todos bolsistas de Iniciação Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

O alvo do estudo é o bicho-mineiro (Leucoptera coffeella), que provoca injúrias nas folhas (minas) e, por consequência, a capacidade dos cafezais de realizarem a fotossíntese, diminuindo sua longevidade e prejudicando a sobrevivência das plantas. Uma infestação severa pode reduzir a capacidade produtiva de um cafezal em até 70%, segundo estudo publicado pela Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.


Mais sobre a pesquisa

O projeto, que teve início em 2020, iniciou testes com crisopídeos (Neuroptera: Chrysopidae), insetos verdes e voadores, popularmente conhecidos como bicho-lixeiro, em busca de uma alternativa ecológica e sustentável para atuar no controle integrado de pragas do café. Os pesquisadores estão produzindo os bicho-lixeiro em laboratório para analisar seu comportamento predatório e reprodutivo em campo.

“Nossa pesquisa interessa principalmente aos produtores de cafés especiais, que precisam adotar o manejo integrado das pragas como critério de certificação, e aos cafeicultores orgânicos, que não podem usar inseticidas químicos sintéticos, nem acaricidas no controle de pragas”, explica a professora Alessandra.

Três espécies de crisopídeos estão sendo reproduzidas em ambiente controlado na instituição e quando os ovos estão prestes a eclodir, eles são liberados em campo e observados nas fases de larva, pupa e adulta. Os hábitos alimentares e de colonização dos crisopídeos são monitorados fora da universidade, com produtores locais interessados. A pesquisa conta com o apoio da FAPESP (processo 2019/18376-3).

“Com o aumento da demanda mundial de café orgânico e também de cafés especiais, o apoio da FAPESP é fundamental nessa pesquisa, que visa colaborar para que os cafeicultores controlem de forma eficiente as pragas, em especial o bicho-mineiro, tendo assim uma nova estratégia de controle desta espécie, que é uma das principais pragas da cultura do café”, evidencia.


Aplicação prática

A Fazenda Bom Jardim, em Franca (SP), iniciou em 2016 o processo de transição de um plantio tradicional do café, com uso de químicos e pesticidas convencionais para o manejo orgânico. De acordo com um dos proprietários da fazenda, os índices de infestação de bicho-mineiro, que estavam em torno de 65%, caíram para algo próximo de 10% após quatro liberaçòes dos crisopídeos.

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