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27 de dezembro de 2024

Gastronomia de Ano Novo: sabores regionais que celebram nossa cultura  

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Entenda como os sabores únicos de cada região do país podem enriquecer a ceia do réveillon e celebrar nossa herança cultural 

A chegada do Ano Novo no Brasil é marcada por pratos que refletem as tradições e riquezas culturais de cada região do país. Essa diversidade de sabores, do Norte ao Sul, une as famílias e torna a celebração ainda mais especial, trazendo à tona a pluralidade gastronômica brasileira.  

Na região Norte, a cozinha é marcada pela influência dos rios e da cultura amazônica. O pirarucu de casaca, com camadas de peixe salgado, farinha d’água, banana-da-terra e leite de coco, é um dos pratos mais tradicionais. Já o tacacá, feito com tucupi e jambu, simboliza a fartura e vitalidade. Para adoçar o paladar, a Taça da Felicidade, uma sobremesa feita com creme de cupuaçu e frutas frescas, reflete a prosperidade e a união familiar.  

No Nordeste do país, a herança africana, indígena e portuguesa se mistura em pratos como o caruru, a carne de sol com pirão de leite e o pudim de tapioca. Essas receitas destacam a riqueza dos ingredientes locais e valorizam produtos como o dendê, leite de coco e o caju.  

Já na região Centro-Oeste, pratos à base de peixes de água doce e frutas do cerrado, como o pequi, ganham destaque. O arroz com pequi e as farofas incrementadas simbolizam a conexão com a terra e a fartura. A forte presença da agropecuária também aparece em cortes suínos e churrascos.  

No Sudeste, pratos como pernil assado, o leitão à pururuca e o arroz com lentilha são clássicos que evocam a sorte e prosperidade. Sobremesas como a rabanada trazem influências europeias, compondo uma mesa rica e variada.  

Na região Sul do país, o churrasco é um verdadeiro símbolo cultural, acompanhado por pratos como o arroz carreteiro e a salada de maionese e batata. A influência das colônias europeias também aparece nas massas e sobremesas, que celebram a tradição e a união familiar.  

Receita da Taça da Felicidade – Região Norte 

Uma sobremesa que representa a prosperidade e a união, além de ser uma tradição amazônica que surpreende pela combinação de sabores.  

Ingredientes: 500g de polpa de cupuaçu congelada; 1 lata de leite condensado; 1 lata de creme de leite; 100 ml de leite; 1 pacote de biscoito champagne ou pão de ló pronto; Frutas variadas (morango, uva, kiwi, abacaxi, pêssego em calda, etc) a gosto; 1 receita de pudim de leite.  

Para fazer o pudim de leite: Misture 1 lata de leite condensado, 4 ovos e 600 ml de leite integral.  
Modo de preparo: Coloque em uma forma caramelizada, cubra com papel alumínio e asse em banho-maria a 200ºC por 1h45. Leve à geladeira pelo menos 12 horas. 

Modo de preparo: Bata a polpa de cupuaçu no liquidificador com leite condensado e o creme de leite. Reserve no freezer.  

Monte camadas em uma taça de vidro: comece com o creme de cupuaçu, seguido de biscoitos umedecidos no leite, fatias do pudim e frutas picadas. Repita as camadas e finalize com o creme. Decore com frutas nas laterais.  

Harmonização de bebidas regionais 

“Pratos regionais ganham uma dimensão ainda mais especial quando harmonizados com bebidas locais”, comenta Vitor Skif Brito, coordenador do curso de Gastronomia do CEUNSP (Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio.  

Segundo o docente, no Norte, peixes de água doce e pratos amazônicos ganham destaque quando acompanhados por cachaça de jambu ou sucos de frutas locais, como a graviola, bacuri, açaí e cupuaçu, que ressaltam os sabores da região.  

Já no Nordeste, pratos com dendê, como moquecas, harmonizam perfeitamente com caipirinhas feitas de caju ou siriguela, trazendo frescor e um toque tropical.  

“No Centro-Oeste e Sudeste, pernil assado e pratos com queijos são realçados por vinhos tintos leves ou espumantes secos, que equilibram os sabores. No Sul, churrascos e receitas com pinhão combinam com vinhos tintos encorpados ou cervejas artesanais da região, completando a refeição”, explica. 

O coordenador conta, ainda, que o Ano Novo no Brasil é um reflexo da nossa pluralidade cultural e da capacidade de reunir influências de diferentes povos em um mesmo prato. “Ao adaptar receitas regionais para outras partes do país, mantemos viva a essência das tradições, celebrando a riqueza de sabores e a união eu só a gastronomia pode proporcionar”, conclui.  

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