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2 de abril de 2020

Psiquiatra aponta os cuidados básicos para evitar a depressão durante a quarentena

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O especialista Dr. Marcelo Salomão Aros, que também é professor do curso de Medicina da UNIFRAN, dá dicas para manter o ritmo e a saúde durante o isolamento social.

As ações emergenciais indicadas pela Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) e pelo Ministério da Saúde em decorrência da progressão da pandemia pelo “novo coronavírus” ou COVID-19, levaram as pessoas a adotar o distanciamento social e a reclusão da população em seus domicílios. A pandemia pelo COVID-19 já é uma das maiores epidemias da história da humanidade e tem trazido perdas econômicas, sociais, trabalhistas e dos processos de ensino-aprendizagem. Mas o surto de coronavírus ainda influencia diretamente a saúde física e mental das pessoas.

A atual epidemia do COVID-19 acentua sintomas de ansiedade, tristeza, medo e depressão na população. Daí a importância do cuidado com a saúde mental das pessoas. A Universidade de Franca – Unifran, instituição que integra a Cruzeiro do Sul Educacional, com a ajuda do professor de Medicina Dr. Marcelo Salomão Aros, apresenta dicas de como ajudar a controlar esses sofrimentos mentais durante a período de distanciamento social.

O professor Marcelo Salomão Aros, que também é psiquiatra, relata que: “o ser humano é um ser social” e o isolamento forçado e agudo, pode produzir uma diminuição da estimulação elétrica do cérebro. A diminuição da estimulação elétrica do parênquima cerebral pode predispor as pessoas às doenças mentais. Assim durante a quarentena devemos estar atentos ao surgimento de sinais de sofrimento mental como: insônia, pesadelos, irritação, agressividade, choro frequente, angústia, dores físicas, aumento ou perda do apetite, diminuição da libido e esquecimentos”.

Outro aspecto que demanda atenção em decorrência da quarentena é a mudança abrupta e forçada nas antigas rotinas. Grande parte da população  alterou suas atividades de trabalho, suas atividades sociais preferidas, passou a restringir contato com familiares e até um simples abraço ou aperto de mãos, passaram a ser evitados e vistos como perigosos. Esse contexto desencadeou em nossa mente sensações de perda, de insegurança e processos de lutos, que demandam elaboração psíquica. 

Além de seguir as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e das autoridades regionais de saúde como: “FICAR EM CASA”, lavar as mãos,  procurar os hospitais e pronto-socorros em caso de extrema necessidade é importante preservar alguns hábitos na nossa rotina durante a quarentena, para a manutenção de conexões afetivas e cognitivas do cérebro. como:

– A alimentação deve seguir horários regulares (exemplo: café, almoço, lanche da tarde e jantar), jamais pule refeições.
– Não realize dietas emagrecedoras ou restringir categorias alimentares (ex. carboidratos) no período da pandemia.
– Procure se alimentar com alimentos saudáveis.
– Confeccione refeições diferentes da sua rotina, isto melhora a criatividade.
– Não esqueça de tomar água regularmente (de 6 à 8 copos de água/dia).
– Destine um horário do seu dia para realizar algum tipo de atividade física de duas a quatro vezes por semana;
– Evite a luninosidade da TV, celulares, notebooks, próximo do horário de dormir.
– Assista filmes, programas de TV que lhe agradem.
– Faça leituras de jornais, livros, notícias na internet e evite as fake news.
– Programe uma lista de pós-quarentena: atividades, viagens, encontros que gostaria ter com os amigos e familiares.
– Fale dos sentimentos positivos para aqueles que você ama, isso fará bem a todos.

Se uma pessoa começar a ter sintomas mais intensos e contínuos de ansiedade, depressão ou outras patologias sugiro que a mesma busque a opinião de um psiquiatra ou de um psicólogo para que a sua saúde mental não se agrave.

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