UNIPÊ
|
Notícias
8 de junho de 2021
Dando continuidade às comemorações pelos 50 anos do UNIPÊ, no dia 25 de maio foi realizado um concurso literário em alusão ao jubileu do Centro Universitário.
A atividade reuniu cinco competidores, entre alunos e colaboradores, que apresentaram textos em formatos de conto, crônica, poesia e cordel.
Graduada pelo curso de Fisioterapia e atual docente do UNIPÊ, a Profa. Dra. Jânia de Farias Neves foi a campeã e ganhou um tablet como prêmio. A professora apresentou o texto A árvore que não seca: uma crônica-conto poética sobre ipês.
Confira os outros textos que participaram do concurso:
– É vestir a camisa que se diz?, de Aderivan Bezerra, colaborador
– 50 anos realizando sonhos, de Jacira Chagas de Souza, aluna do curso de Farmácia;
– O dia a dia e as telas, de Soraya Souza, aluna do curso de Administração;
– UNIPÊ em cordel, da Profa. Me. Wilma Ferreira, do curso de Enfermagem;
Leia o texto vencedor do Concurso Literário abaixo. Também é possível a assistir à gravação da transmissão do evento.
#50anosunipe
A árvore que não seca: uma crônica-conto poetica sobre ipês
Um ano histórico. 1971. A numerologia que soma números diz que é 9. O nove, que encerra ciclos, aqui enseja sonhos. 12 mãos, pés no chão, vastidão. Terra fértil, horizonte verde, vertical azul. O lastro repousado na capital do Nego, do sol que chega primeiro, do povo sofrido, culto e ordeiro, reduto das mil e uma facetas vanguardistas, recanto das gentilezas cordelísticas e dos sonhadores que ousam ser mais. Ali, Afonso, Josés, Flávio, Manuel e Marcos, gente como eu e você, personagens de um novo saber, desenhando um conquistar apraz.
Não ouse pensar, ora pois, caro leitor, que essa aventura não tinha um porquê. De nada adianta crescer sem ser e o ser começa no germinar e encontra na cultura o florescer. Disseram que eu tinha que escolher ser crônica, conto ou poema, mas escolhi ser prosa por ser regalia, daqueles que conhecem a supremacia do saber. E foi assim, fincado na terra preta, com muros que se fizeram pontes e essas se fizeram laços, que um dia o conhecimento firmou morada, abrindo brechas para uma nova estrada naquele espaço de conviver.
Imaginem, senhores, o reboliço que esse povo fez. Construíram espaços, levantaram prédios, abriram as páginas dos livros. Deram voz a todo indivíduo que desejou um dia crescer. Rasgaram o conceito maldito de que a educação é para poucos. Fomentaram, ressignificaram, investiram e resistiram. Porque em terra de Gonzaga, Ariano e Pedro Américo, ser Augusto dos Anjos e Chico César, é quebrar os grilhões da ignorância. É fazer da excelência, a constância, entender que a mudança é pujança e que conhecimento é poder.
Passados 50 anos, os ipês ainda florescem. O solo burila, germina, respira e colore com sonhos os que teimam em ser mais. O presente é o futuro que já chegou. O passado é o ontem que alguém sonhou e o fim da estrada é só o começo de uma nova jornada que nunca há de findar. Vocifero, ora pois, aos quatros ventos, que o meu alento é saber que quem um dia apostou, amou e acalentou fez da informação, da cultura e do conhecimento a razão de um movimento que nunca há de cessar.
E foi esse sentimento tão resiliente e avassalador, de quem um dia sobrepujou o medo e a dor, o desconhecido, o rendido e o diminutivo, crendo no infinito e no improvável, que o UNIPÊ se assentou. Em todo canto teu nome é sinônimo de redenção, de credibilidade e de criação, de respeito e de espaço que muda rotas e conquista notas de uma melodiosa transformação. E é assim, quebrando paradigmas, fazendo releituras, acreditando na cultura e no conhecimento voraz, que a gente celebra, relembra e se entrega a eternização desses 50 e mais.